quinta-feira, 14 de julho de 2011

MARIA GREVER E MARGUERITE MONNOT

O ano de 2001 assinala os sessenta anos de falecimento de duas compositoras mundialmente famosas: a mexicana Maria Grever e a francesa Marguerite Monnot.
Maria Grever estudou na Europa, onde foi aluna inclusive de Claude Debussy. Mas consagrou-se como compositora de grandes sucessos populares, depois de ganhar um concurso na Espanha, como compositora, e também no México, seu país, pela canção Tipitin. Nascida em 1894, radicou-se nos Estados Unidos em 1915, por ter casado com um americano. Neste país, foi pianista ensaiadora em grandes teatros e escrevia canções para filmes, por encomenda da Paramount Pictures. A canção que escreveu para o filme Escola de Sereias (Bathing Beauty), de 1944, Te quiero, dijiste, mais conhecida entre nós por Muñequita linda, é ainda hoje muito lembrada. Não mais, talvez, que o tango Jurame, gravado inicialmente por José Mojica. Maria Grever quase sempre fazia a letra de suas canções.

No período em que a cantora e atriz argentina Libertad Lamarque foi obrigada a exilar-se, por sua inimizade com Evita Perón, realizou no México, contracenando com o galã argentino Arturo de Córdoba, um filme em que encarnou a famosa compositora.
Marguerite Monnot, nascida em 1901, estudou piano com Alfred Cortot e composição com Nadia Boulanger. Seus maiores sucessos foram gravados por Edith Piaf, que por vezes fazia as letras das canções, como a famosíssima Hymne a l’amour. Foi parceira também de Dusty Negulesco, George Moustaki e René Ronzand, entre outros.

Embora a ficha técnica do filme Irma La Douce, de Billy Wilder, indique ser a trilha sonora de André Prévin – e esta trilha foi considerada a melhor de 1963 – algumas das canções são apresentadas em outras fontes como sendo de autoria de Marguerite Monnot. Que, no ano do lançamento da divertida comédia, já era falecida.
O sucesso de sua canção com texto de Edith Piaf foi tão grande que o filme sobre a vida da cantora chama-se Piaf – um hino ao amor.