terça-feira, 13 de setembro de 2011

ETHEL SMYTH E O VOTO FEMININO NA INGLATERRA

Cem anos atrás, as mulheres não tinham direito de votar em país algum. Mas em diversos países, há mais de cem anos, uma imprensa feminina politizada já reivindicava os direitos das mulheres e esta batalha atingiu o ponto dos direitos políticos – isto é, o direito ao voto.
A lista de nomes envolvidos nesta luta é enorme, mas deter-nos-emos neste estudo em uma compositora que foi também sufragista: a inglesa Ethel Mary Smyth. Nascida em 23 de abril de 1858, iniciou os estudos de música na Inglaterra, e prosseguiu na Alemanha.
Nos tempos de Conservatório, em Leipzig, ela foi encorajada a compor por personalidades importantes do mundo musical europeu, como Brahms, Grieg e Clara Schumann. E durante seu período no continente, teve quatro de suas óperas (todas com libreto de sua autoria) encenadas; ainda hoje são lembradas The Wreckers (Os náufragos) e Fantasio.
Em 1909 retornou a seu país e em 1910 recebeu doutoramento. Nessa mesma época, exerceu a militância pelo voto feminino, liderando facções do movimento e sendo por esta razão mantida encarcerada durante 2 meses.
Por esse tempo, a Inglaterra contava com um grupo organizado, de sigla WSPU (Women’s Social and Political Union). Em 1911 Ethel compôs a March of the Women, que se tornou o hino das sufragistas inglesas. Além desta obra, compôs outras de caráter político. Em 1928, a Inglaterra conquistou o direito ao voto feminino.
Depois de 1930, Ethel Smyth dedicou-se a escrever livros, alguns de caráter autobiográfico. Reconhecida por sua obra, ela recebeu o título de “Dame”, o equivalente feminino de “Sir”.
Ethel Mary Smyth faleceu em 8 de maio de 1944.

Bibliografia:
BARONCELLI, Nilcéia C. S. Mulheres compositoras – elenco e repertório. Brasília, INL/São Paulo, Roswitha Kempf, 1987.
COHEN, Aaron I. International encyclopedia of women composers. New York & London, R. R. Bowker Co., 1981 (1ª. ed.)

Leia sobre o direito ao voto das brasileiras em www.escrevo-existo.blogspot.com.